Fumaça
Nem o sol me acode
apressado, se esconde
pra de mim se apoderar
a noite amarga, sem luar
e essa paz mortal
me aflige, me suga
me leva caminhando,
sem pressas
a noite fede
seus ossos são muitos
seca, não chora
não chove nunca
e cheira a fumaça
branca, e em paz
eu me calo, e olho
pra longe, pra minha terra.
E me deixo embalar,
pelo som da minha terra
chamando seu filho
há muito perdido no mundo
e eu nem choro,
nem isso posso
meu pecado é grande
nem a chuva me pode lavar
e a música me embala
e eu choro...
minha terra me perdoa
e eu a perdôo, em paz.
Nem o sol me acode
apressado, se esconde
pra de mim se apoderar
a noite amarga, sem luar
e essa paz mortal
me aflige, me suga
me leva caminhando,
sem pressas
a noite fede
seus ossos são muitos
seca, não chora
não chove nunca
e cheira a fumaça
branca, e em paz
eu me calo, e olho
pra longe, pra minha terra.
E me deixo embalar,
pelo som da minha terra
chamando seu filho
há muito perdido no mundo
e eu nem choro,
nem isso posso
meu pecado é grande
nem a chuva me pode lavar
e a música me embala
e eu choro...
minha terra me perdoa
e eu a perdôo, em paz.
Eliezer Monteiro
Aquele abraço.
Eliezer Monteiro - Rio de Janeiro
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